Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, é um dos destinos turísticos mais procurados do estado, especialmente durante a alta temporada. Quem conhece a região sabe que, nesse período, as excursões rodoviárias movimentam a cidade. Grupos de turistas, organizados por agências ou famílias, costumam fechar pousadas ou alugar grandes casas para aproveitar as praias e atrações locais.
A notícia
A partir de 1º de janeiro de 2025, Cabo Frio adotará novas regras para a circulação de veículos de turismo. O prefeito eleito, Dr. Serginho (PL), anunciou a proibição da entrada de ônibus turísticos no município.
O objetivo, segundo o prefeito, é reorganizar o trânsito nas áreas mais movimentadas e reduzir os problemas causados por esses veículos, como congestionamentos e dificuldades na mobilidade urbana.
Embora a medida já esteja definida, ainda não foram divulgados detalhes operacionais, como a fiscalização ou alternativas para os grupos que dependem desses ônibus para chegar à cidade.
A notícia já gerou discussões entre moradores e empresários locais. Afinal, o turismo é um dos principais motores econômicos da região, e os ônibus representam uma parte significativa do fluxo de visitantes, especialmente durante o verão.
A implementação ocorrerá no início da temporada de verão, período em que Cabo Frio tradicionalmente recebe um número elevado de turistas, aumentando a tensão sobre os impactos dessa proibição.
(Fonte: Tribuna de Minas – tribunademinas.com.br)
O que eu penso sobre a proibição
Como alguém que já morou na região, sei que o trânsito em Cabo Frio é caótico durante a alta temporada, independentemente da presença de ônibus turísticos. No entanto, é preciso considerar os impactos dessa medida na economia local, já que muitos empreendedores dependem desse período para alavancar seus negócios.
Turistas que chegam de ônibus geralmente fecham pousadas ou alugam casas de veraneio, trazendo renda para a cidade. Assim, a solução ideal seria criar um sistema em que esses veículos tivessem locais designados para estacionar, com apoio logístico para que os viajantes chegassem às suas acomodações sem atrapalhar o trânsito.
Se não me engano, a cidade já exigia autorizações prévias e impunha regras sobre horários de circulação para ônibus de turismo. Então, fica a dúvida: isso não foi suficiente? Antes de proibir totalmente, é necessário apresentar soluções práticas que minimizem os impactos para os moradores, turistas e negócios locais.
O debate sobre o turismo
É comum ouvir opiniões como: “Finalmente vão acabar com os farofeiros”. No entanto, acredito que regras devem existir para organizar melhor o turismo, sem desrespeitar o direito de ir e vir. Para muitas pessoas, excursões rodoviárias são a única forma de viajar e aproveitar férias em destinos como Cabo Frio.
Por outro lado, não se pode ignorar o problema do turismo predatório. Alguns grupos chegam sem consumir nos estabelecimentos locais, geram poluição sonora e deixam lixo espalhado. Essa questão, no entanto, vai além das regras; é uma questão de educação e consciência.
Visitar cidades turísticas não deve ser apenas “estar lá”. É essencial contribuir para a economia local, aproveitar o que há de melhor na região e, acima de tudo, respeitar o lugar e as pessoas que nos recebem.
Viajar com consciência
A notícia sobre Cabo Frio nos faz refletir: como podemos aproveitar nossas viagens e, ao mesmo tempo, ser agentes positivos para os destinos que visitamos? Vamos viajar com respeito, valorizar as economias locais e garantir que nossa presença deixe marcas positivas, não problemas.
Let’s Go Viajar com consciência?