Faz parte do nosso “DNA de viajante” nunca fazer somente os roteiros tradicionais. Eu disse somente, pois aproveitamos também para visitar os pontos mais conhecidos. Por que não? No entanto, fazer uma rota mais “solta” e menos tradicional revela surpresas incríveis, e essa viagem ao Chile que vou descrever abaixo nos proporcionou memórias afetivas, gustativas e tudo de bom que uma boa viagem pode trazer. Definitivamente, foi inesquecível.
O roteiro resumidíssimo
Santiago (atrações na cordilheira) – Viña del Mar – Valparaíso – Vale Colchagua – Los Angeles – Pucón – Puerto Varas – Frutillar – Chillán – Santiago.
Detalhe importante! Foi uma viagem de 10 dias. Correria, loucura ou bom planejamento? Fico com a última opção; foi maravilhosa essa viagem.
O que você verá nesse artigo:
- Qual moeda levar para o Chile? Comprar pesos, levar reais ou dólares?
- Santiago
- Passeios na grande Santiago e proximidades
- Início da viagem de carro rumo ao sul do Chile e Valle de Colchagua
- Los Angeles, Colo Colo, Chile
- Villarica
- Pucón
- Passeios em Pucón e na Região, vulcão e termas
- Puerto Varas
- Frutillar
- Chillán
- Aeroporto de Santiago e entrega do carro
Começo da ideia
Éramos só nós dois, ainda sem nosso filhão, e estávamos em busca de uma viagem interessante. Eis que os pontos do meu cartão de crédito davam tranquilamente para passagens aéreas para 2 pessoas, ida e volta a Santiago, saindo de Uberlândia-MG, onde vivemos. Aí já bate aquela loucurinha pra viajar e pesquisar tudo. Aposto que muitos se sentem assim também. Inclusive, escrevi um artigo que fala sobre como planejamos nossas viagens. Vale a leitura!
Definimos o voo e agora era preencher o “miolo” da viagem com o que mais gostamos: rodar e explorar. Fiz até um roteiro inicial que fiz e mandei por e-mail para nossa agente de viagens de confiança e disse: “Orça pra gente e vamos comparar com o que achei na internet”. Conclusão, conseguimos valores melhores por conta própria e até nos divertimos muito seguindo o meu conselho de sempre: comece a viagem já no planejamento, a busca é uma delícia.
Qual moeda levar para o Chile? Comprar pesos, levar reais ou dólares?
Na época em que fomos, compensou e muito levar dólares. Inclusive, o câmbio no Chile continua a ser flutuante e demos a sorte de fazer o câmbio local utilizando dólares em um dia de forte valorização da moeda americana. Assim, tivemos acesso a mais pesos chilenos. Lembre-se de pesquisar como está a realidade na atualidade da sua viagem.
- Realizamos o câmbio em duas das diversas lojas que ficam nas proximidades da Av. Providencia ou da Av. Nueva Providencia, tem uma boa concentração de casas de câmbio nessa região que fica perto do grandioso Costanera Center. Vale a pena rodar um pouco para conferir as cotações e taxas de cada casa, os valores podem ser bem diferentes. No nosso caso, o estabelecimento com a melhor cotação não aceitou algumas notas de dólar que estavam desgastadas, mas em outro foi aceito normalmente.
Dica importante: o custo de vida no Chile não é baixo, principalmente em Santiago, que é uma metrópole linda e bem estruturada, onde temos acesso a tudo de melhor, mas não é baratinho, não. Prepare o bolso!
Chip de celular: aproveitamos para comprar um chip de celular chileno em uma loja no Costanera Center mesmo, isso ajudou muito na viagem e principalmente com o GPS.
Hospedagens em cada cidade do roteiro em que passamos ao menos uma noite
Na época em que buscamos, a hospedagem estava relativamente acessível, e olha que escolhemos bons hotéis com café da manhã e em localizações privilegiadas. Vamos citar cidade por cidade:
Santiago
Foram 5 diárias no Hotel Diego de Almagro Providência. Isso mesmo, hotel muito bem estruturado em um dos bairros mais badalados da capital chilena, Providência. Dali, é possível fazer tanta coisa a pé que facilita demais para quem gosta de explorar a cidade desse ponto de vista. Fizemos câmbio, passeios, fomos ao Costanera Center, ao restaurante giratório, tudo a pé e muito mais. O lugar é charmoso e cheio de opções ao redor.
- Conheça e reserve o Hotel Diego de Almagro Providência no Hoteis.com. Clique aqui.
Nesse post nem vou citar o que fazer em Santiago, pois como já disse, é uma metrópole com opções para todos os gostos e estilos de pessoas. Em breve, vou contar o que fizemos e coloco o link do artigo aqui.
Passeios na grande Santiago e proximidades
Compramos todos os passeios antecipadamente pela Decolar, pagando em reais mesmo. Ao comparar com valores locais, não identifiquei grandes diferenças de preços e fomos muito bem atendidos, com serviços de ótima qualidade.
- Transporte e tour guiado para a vinícola Concha y Toro – incluiu degustação e uma taça como brinde;
- Passeio a Valle Nevado e Farellones + esqui com aulas em La Parva – incluiu equipamento de esqui, mas não incluiu roupas nem comida;
- Cajón del Maipo e Embalse El Yeso – incluiu um piquenique com mesa de frios e vinho;
- Viña del Mar e Valparaíso – fizemos um passeio bate e volta saindo de Santiago, comprado antecipadamente pela Decolar e pago em reais mesmo. Nos buscaram bem cedinho no hotel e depois nos deixaram com segurança na porta do hotel.
Esse foi o “resumão” da região de Santiago, mas agora vai começar a viagem dentro da viagem, e esta foi ainda mais inesquecível. Continue comigo, pois há boas descobertas aqui.
Início da viagem de carro rumo ao sul do Chile e Valle de Colchagua
Como mencionei antes, estávamos muito bem localizados em Santiago. Literalmente, fui a pé até a locadora de veículos Chillean, onde eu tinha reservado e pago antecipadamente pelo Retalcars.com. Já estava tudo pronto, me identifiquei, mostrei o voucher da reserva, segui os procedimentos e foi tudo rápido e prático. Peguei o carro, voltei dirigindo, parei no estacionamento do hotel, subi, arrumei as malas junto com a Michelle, fizemos o check-out, colocamos as malas no carro e fomos rodar.
Antes de pegar a estrada, demos uma paradinha em um ponto turístico importante e lindo de Santiago, o Cerro Santa Lucía. É bonito mesmo e vale a visita. Vou deixar esse conteúdo para o post sobre Santiago; em breve, coloco o link aqui.
Saindo do Cerro, seguimos em direção ao Valle de Colchagua, com destino a uma vinícola boutique muito charmosa, indicada por amigos. Fomos até a Viña Laura Hartwig, em Santa Cruz, O’Higgins, no Valle de Colchagua. Do Cerro até a vinícola são 183 km, via Ruta 5 sentido sul e estradas regionais.
Curiosidade: a Ruta 5 é uma parte da Rodovia Pan-americana que corta o Chile, sendo a principal artéria de comunicação terrestre no país.
Que experiência meus amigos! O lugar é maravilhoso e ainda tem um restaurante italiano anexo, que foi onde provei algumas das comidas mais deliciosas que experimentamos no Chile. Por lá, fizemos o tour guiado pela vinícola, com uma atenciosa guia que falava somente espanhol, mas foi muito simpática e nos fez compreender todo o processo de produção. Foi inesquecível! Também creio que vou fazer um artigo especial sobre esse lugar encantador. Vou deixar marcado aqui, e assim que estiver pronto, coloco o link.
Como nossa hospedagem estava a alguns bons quilômetros dali, ao final da tarde de um dia incrível na Viña Laura Hartwig, seguimos viagem até outra cidade para passar a noite já mais ao sul. Dirigi 380 km ouvindo o bom e velho Rock N´ Roll e curtindo a estrada a noite com bons papos até a cidade de Los Angeles, província de Colo Colo, que fica de fácil acesso na Ruta 5.
A estrada até lá: foram poucos trechos de estrada simples até sair da rodovia regional do Valle de Colchagua e logo pegamos a Ruta 5 com toda sua estrutura. Seguimos naquele “retão” de pista duplicada que tem velocidade máxima de 120 km/h. É uma delícia de estrada, com bastante segurança e recomendo para quem está acostumado a dirigir à noite.
Los Angeles, Colo Colo, Chile
Chegamos já bem tarde em Los Angeles e fomos direto ao hotel que reservamos, o Four Points by Sheraton, talvez um dos maiores prédios da cidade, e que conta inclusive com um grande cassino no primeiro andar. Claro que fomos lá, pois ainda estava aberto. Só “turistei” mesmo, nada de apostas.
O Hotel Four Points tem um porte imponente, mas na época em que fomos, sentimos que precisava de mais manutenção. Tudo estava com um aspecto de velho e desgastado, mas fomos muito bem recebidos. O quarto era confortável, com roupas de cama bem limpas, e o café da manhã foi uma delícia. Depois do café, demos algumas voltas na região central e já nos preparamos para mais estrada. Segue o fio, que vai continuar a jornada rumo ao sul.
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Check-out feito, voltamos para a Ruta 5 com destino a uma das nossas cidades mais desejadas, Pucón, que estava a apenas 270 km dali. A cada quilômetro dirigido durante o dia, era possível apreciar as belezas naturais e a companhia sempre imponente da Cordilheira dos Andes ao nosso lado.
Villarrica
Um pouquinho antes de chegar a Pucón, a estrada nos leva para esta elegante cidade: Villarrica, que, inclusive, tem o mesmo nome do lago e do imponente Vulcão Villarrica, grande marco da Província de Cautín, na IX Região de Araucanía. Obviamente, estacionamos por ali e passeamos um pouco, admirados com tanta beleza. Mas logo seguimos para mais um pouquinho de estrada.
Pucón: O Destino dos Sonhos
Pucón foi, sem dúvida, o destino mais esperado da nossa viagem. Descobrimos a cidade em um blog de viagens e o encanto foi imediato. Sonhamos em estar aos pés do Vulcão Villarrica, admirar as belezas do lago e explorar os charmosos restaurantes, cafés e casas de vinho. Vou compartilhar um pouco sobre essa cidade incrível por aqui, mas em breve publicarei um artigo completo sobre Pucón, com mais detalhes. Fique ligado!
Nos hospedamos em uma pousada boutique encantadora, recomendada pelo blog que lemos, e foi uma experiência maravilhosa. O Frontera Pucon Hostel B&B nos proporcionou o máximo de conforto, com um quarto enorme, de frente para o vulcão, banheira de hidromassagem privativa e toda a comodidade que nós, estradeiros, merecíamos no momento. Aproveitamos o primeiro dia para fazer um turismo leve, comprar vinhos e, claro, descansar. Ficamos três noites ali e foi simplesmente perfeito.
Para conhecer o Frontera Pucon Hostel B&B, acesse nosso link no Hoteis.com. Embora o local esteja temporariamente fechado, você pode conferir as acomodações e explorar outras opções incríveis na região.
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Passeios em Pucón e na Região, vulcão e termas
Vulcão Villarrica
Logo no dia seguinte, partimos para o que é a atração mais popular de Pucón: subir o Vulcão Villarrica. A emoção foi indescritível! Eu fui dirigindo na estrada do vulcão e conforme subíamos, a paisagem mudava, a neve tomava conta e estávamos maravilhados com a região que tanto sonhávamos em conhecer. No caminho, há diversos pontos de apoio e pequenos comércios, mas no topo encontramos uma estação de esqui bem estruturada e um café acolhedor. Deixo os detalhes para o artigo completo sobre Pucón, mas vale dizer que o Vulcão Villarrica é ativo e à noite é possível ver a lava vermelha no topo. Eu e a Michelle subimos à noite para aproveitar a vista sem as luzes da cidade e foi uma experiência única.
Termas Geométricas em Coñaripe
Embora muitas pessoas divulgam que as Termas Geométricas estão em Pucón, elas ficam em Panguipulli, nas proximidades de Coñaripe, a 87 km de distância. Vale a pena o bate e volta, tanto é que fomos duas vezes porque simplesmente amamos o local. As termas são deslumbrantes, com águas vulcânicas naturais e uma vista incrível. O acesso não é barato, mas a experiência vale cada centavo. Imaginem desfrutar de águas acima de 40ºC com neve caindo ao redor – embora não tenhamos pegado neve na nossa visita, o frio estava abaixo de zero, o que já foi uma sensação maravilhosa.
Estou preparando um artigo só sobre as Termas Geométricas, então em breve deixarei o link para vocês.
Puerto Varas
De Pucón seguimos para Puerto Varas, já mais ao sul, e a viagem seguiu pela espetacular Carretera Austral, com diversos miradores (pontos de parada com mirantes) para admirar as paisagens deslumbrantes. Ao chegar, nos hospedamos no Hotel Cabaña Del Lago Puerto Varas, um lugar encantador, com um estilo rústico em madeira e uma decoração de bom gosto. Chegamos já no início da noite, tomamos um banho e jantamos no restaurante do hotel, onde a gastronomia de alta qualidade nos surpreendeu. Super recomendamos!
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Em Puerto Varas, é possível avistar quatro vulcões imponentes: Osorno, Calbuco, Pontiagudo e Tronador. Aproveitamos cada momento nesse cantinho magnífico do mundo, mas sabíamos que ainda tínhamos mais um destino em mente.
Frutillar
Frutillar foi uma das maiores surpresas da viagem. A cidade, fundada por imigrantes alemães, é de uma beleza arrebatadora, e a vista da chegada já mexe com os sentimentos. A arquitetura local, a orla bem cuidada e o imponente Teatro Del Lago, que recebe peças de teatro e concertos, são apenas alguns dos encantos desse lugar.
Em Frutillar, tivemos o prazer de almoçar e experimentar a famosa Centolla Chilena ou “king crab” (caranguejo gigante), um prato típico da região. Embora caro, foi uma experiência inesquecível.
Michelle amou cada segundo em Frutillar e eu também! Com certeza vou escrever um artigo sobre essa cidade maravilhosa onde, infelizmente, não nos hospedamos pois nosso tempo estava acabando e tivemos que seguir para o norte, rumo a Santiago para garantir nosso voo de volta que iria sair no dia seguinte.
Chillán
Após Frutillar, seguimos para Chillán, onde chegamos à noite com o objetivo de descansar antes de seguir para Santiago. No entanto, como sempre acontece no Chile, até um simples pernoite se transforma em uma experiência única.
Foi em Chillán que sentimos nosso primeiro terremoto. Estávamos passeando pela cidade quando o chão começou a tremer. Uma verdadeira experiência chilena!
Em Chillán nos hospedamos confortavelmente em mais um hotel da rede Diego Almagro, foi excelente para descansar com conforto e tomar um bom café da manhã antes de seguir viagem para Santiago.
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Aeroporto de Santiago e entrega do carro
Nossa viagem estava chegando ao fim. Em Santiago, entregamos o carro alugado no aeroporto, e a viagem de volta para casa estava quase concluída. A estrada até o aeroporto foi tranquila, e a vista da Cordilheira dos Andes ao lado foi o toque final para encerrar esse capítulo de nossa aventura.
Foi assim, com muitos momentos inesquecíveis, belas paisagens e experiências únicas. E claro, sempre com a nossa amiga Cordilheira dos Andes nos acompanhando.
Gostou do nosso roteiro? Fique ligado para mais dicas e artigos exclusivos sobre cada cantinho que adoramos nesse incrível Chile.
Let’s Go Viajar? A gente gosta disso!
